Dia Nacional do Agente de Viagens – “Além das homenagens, precisamos reconhecer a força e importância deste profissional”

(*) Aroldo Schultz

Hoje é Dia Nacional do Agente de Viagens.

Parei para refletir e foi impossível não fazer uma associação direta à nossa Convenção de Vendas, realizada entre o final de março e início de abril no circuito da Rota Romântica, no Rio Grande do Sul, e à realização da WTM Latin America, realizada há 15 dias em São Paulo. Em menos de um mês, estive com centenas de agentes de viagem.

Mas, afinal de contas, quem é e qual o lugar que este profissional já ocupou, ocupa hoje e ainda pode ocupar em nossa indústria?

Quando pensamos no lugar que este profissional já ocupou, temos que lembrar que, em um mundo offline, o agente de viagens sempre foi o profissional que conhecia e referenciava viagens para os diferentes tipos de experiência. Era o elo necessário entre um destino, um produto, um roteiro, um serviço e o viajante. De verdade, em um mundo offline, era praticamente impossível pensar uma viagem sem este profissional, cenário que se alterou no mundo online.

A verdade é que, assim como em outros mercados – a internet aproximou empresas de seus clientes. Inclusive a nossa. Não, não estamos aqui para dizer que somos contra a internet e seus efeitos benéficos na economia, na política, na cultura e na sociedade.

No que diz respeito ao turismo, a internet aproximou as pessoas de seus sonhos e desejos de experiência. Ela ampliou acesso e possibilidades. Mas ela também mudou as relações comerciais entre os players, impactando nossa cadeia, de modo geral, e de modo bem específico com o profissional agente de viagens que perdeu, em alguns setores, suas comissões por inúmeros serviços que ainda são prestados.

Em relação ao presente, nós acreditamos que os agentes de viagens são:

  • Profissionais destemidos que impulsionam o turismo no Brasil e no mundo
  • Profissionais que sonharam com dias melhores, mesmo em meio aos piores
  • Profissionais que souberam se reinventar ao longo das décadas e que seguiram confiantes na indústria e no seu trabalho em meio à pandemia
  • Profissionais que seguram a barra de passageiros aventureiros e que acreditam que viajar é só “clicar, reservar e pagar” e que descobrem, na pior forma, que nem tudo são flores no turismo
  • Profissionais que são chamados de “querido” e “amigo” para resolverem problemas
  • Profissionais que assumem, literalmente, a conta financeira quando algumas empresas fecham
  • E, acima de tudo, profissionais que amam o que fazem!

Por tudo isso, de um lado, nós sabemos que é passada a hora de investir ainda mais no conhecimento e no relacionamento com agentes de viagens.

Mais do que isso, nós escolhemos este dia, em meio a um mês muito intenso e de muita proximidade com centenas de agentes de viagens para dizer que, pensando em futuro, nós temos certeza de que o turismo não sobrevive sem o agente de viagens.

(*) Aroldo Schultz é diretor-presidente da Schultz, uma das mais completas empresas turísticas do Brasil, integrada pelas operações da Vital Card (seguro viagem), Schultz Vistos (vistos de turismo, estudos, trabalho e negócios), TZ Seguros (corretora de seguros para empresas de turismo), TZ System (tecnologia) e TZ Viagens (franqueadora de agências de viagens multimarcas) e Schultz Operadora

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